Barba-de-velho mede poluição
Espécie de bromélia é usada para captar metais pesados no ar
Evanildo da Silveira
Nas grandes cidades há algo no ar além do oxigênio que respiramos. É o chamado material particulado, composto por minúsculos fragmentos de elementos químicos carregados principalmente de metais pesados causadores de estragos consideráveis à saúde, seja em problemas gastrointestinais, pulmonares ou hematológicos. Na tentativa de identificar essas partículas de forma barata e como alternativa aos equipamentos convencionais de monitoramento do ar, pesquisadores das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Bahia (Ufba) usaram a bromélia conhecida como barba-de-velho (Tillandsia usneoides), espécie presente nas matas brasileiras, para estudar as concentrações de metais pesados no ar das cidades de Salvador e do Rio de Janeiro. A técnica, chamada de biomonitoramento atmosférico, ainda é experimental em centros de pesquisa de vários países. O estudo nas duas capitais brasileiras – coordenado pelo biólogo Leonardo Rodrigues de Andrade, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, e pela farmacêutica Nelzair Araújo Vianna, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador – provou que o material particulado atmosférico inalado pelas pessoas contém elementos tóxicos para a saúde humana nas duas cidades. Leia mais...
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