terça-feira, 10 de novembro de 2009

Matéria publicada na edição de novembro/dezembro, da Revista Problemas Brasileiros.

Cérebros: fuga e o desafio da volta
Motivação pessoal e condições de trabalho ajudam a repatriar cientistas


EVANILDO DA SILVEIRA
Arte PB
Um dos problemas enfrentados pelas nações em desenvolvimento para progredir economicamente é a chamada fuga de cérebros, a saída para o exterior de mão de obra altamente qualificada, incluindo alguns dos melhores cientistas. A América Latina é campeã nesse tipo de exportação. Dados de um relatório do Sistema Econômico Latino-Americano e do Caribe (Sela), com sede em Caracas, mostram que, entre 1990 e 2007, o total de latino-americanos qualificados que abandonaram seu país subiu, em média, 155%. No caso do Brasil, a alta foi de 246%, a segunda maior, atrás apenas do México, que viu a saída de seus melhores profissionais crescer 270%. Mas nem tudo está perdido. Muitos resolvem voltar, entre os quais pesquisadores que poderiam continuar uma carreira internacional de sucesso, mas preferem retornar para casa e ajudar a desenvolver a ciência em sua própria terra.
Embora não haja dados estatísticos sobre o assunto, não é difícil encontrar quem tenha feito o caminho de volta. Uns vieram há mais tempo, outros recentemente. Hoje, estão espalhados por várias instituições, muitos em cargos de direção, alguns liderando equipes que desenvolvem projetos importantes. Há até quem tenha vindo para ajudar a criar novos centros de pesquisa. Esse é o caso do neurocientista Sidarta Ribeiro, que deixou os Estados Unidos em 2005 para ser diretor científico do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), do qual é cofundador. Leia mais...

Nenhum comentário:

Postar um comentário