terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cultura

Matéria minha publicada na revista Brasil Canadá.
Intercâmbio literário
Mercados consumidores e oportunidades
em diferentes setores impulsionam a parceria
entre Brasil e Canadá na área editorial,
com destaque para as obras de ficção,
não-ficção e infanto-juvenil
Evanildo da Silveira

Istockphoto
Eles são poucos, mas leem muito. Distribuí­dos em um extenso território de 9,9 milhões de quilômetros quadrados os cerca de 33,5 milhões de habitantes canadenses se destacam pelo alto índice de alfabetização e de leitura - 97% sabem ler e 90% leem pelo menos um livro por mês. Apesar de a realidade brasileira ter números bem menos expressivos – a média nacional é de dois livros por pessoa/ano –, o mercado editorial do país é um dos maiores do mundo, graças à sua população de 190 milhões de habitantes e uma movimentação anual de aproximadamente R$ 2,5 bilhões. Em decorrência desses cenários, tanto o Brasil como o Canadá são considerados países estratégicos para muitas editoras, que visualizam oportunidades em diferentes setores. Para as empresas nacionais, o mercado editorial canadense tem uma série de atrativos. “Os índices de leitura são muito altos”, explica a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Rosely Boschini. De acordo com ela, o Brasil tem grandes chances de atuar no país, já que a produção literária nacional é bem vista em terras canadenses. “Sabemos, por exemplo, que o Canadá vendeu para companhias nacionais, no período de 1997 a 2009, R$ 11,7 milhões em direitos autorais e livros impressos”, diz a presidente da CBL, com base em informações fornecidas por integrantes da comissão de empresários canadenses, que estiveram no Brasil em fevereiro desse ano. Leia mais...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tecnologia - Engenharia Elétrica

Matéria minha para revista Pesquisa Fapesp, edição 174 - Agosto 2010.
Sem desperdício
Nova metodologia e software melhoram

o controle das perdas de energia do setor elétrico
Evanildo da Silveira
© Bel Falleiros
Todos os anos, entre as hidrelétricas e o consumidor final, nada menos de 18% – ou 80 mil Gigawatts-hora (GWh) – da energia elétrica produzida no país se perde no emaranhado de fios, transformadores, ramais de ligações e medidores que compõem as redes de transmissão. São R$ 20 bilhões de prejuízo para as empresas do setor. Com o objetivo de descobrir os ralos por onde essa energia se esvai, o professor Antonio Padilha Feltrin, do Departamento de Engenharia Elétrica do campus de Ilha Solteira da Universidade Estadual Paulista (Unesp), no interior paulista, desenvolveu, com apoio da FAPESP, um sistema que analisa as perdas elétricas. A ideia era obter medidas de maneira relativamente rápida, realizar um acompanhamento e propor um plano de ação para diminuí-las. Os resultados, porém, superaram essa expectativa. O estudo deu origem também a uma metodologia e a um software para ajudar as companhias de distribuição a calcular e entender melhor como e onde ocorrem as principais perdas. Segundo Padilha, essa preocupação é relativamente antiga na engenharia elétrica. “Mas agora, com a separação no Brasil das atividades do setor elétrico em empresas de geração, de transmissão e de distribuição, o problema ganhou destaque e começamos a investigar”, explica. “Quando observamos que as perdas nas distribuidoras, que levam energia ao consumidor final, são muito maiores que nos outros segmentos e que variam muito de uma empresa para outra, despertamos para a necessidade de desenvolvimento de novas formas de calculá-las.” Leia mais...

História da Ciência

Matéria minha para a revista Problemas Brasileiros, edição 400, de julho/agosto de 2010.
Estabilidade no caminho da inovação
O principal órgão oficial de apoio à pesquisa enfim se consolida
EVANILDO DA SILVEIRA

Laboratório Nacional de Luz Síncrotron - MCT
Criado no dia 15 de março de 1985, no início do período de redemocratização do país, depois de 21 anos de ditadura, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) teve altos e baixos ao longo desses 25 anos de existência, principalmente na primeira década de vida, embora atualmente passe por uma fase de estabilidade. De seu surgimento até 1992, por exemplo, chegou a ser extinto e recriado, rebaixado ao status de secretaria e fundido com outro ministério, até retornar à condição inicial. Aos poucos, porém, foi se consolidando e hoje responde pelas políticas nacionais de sua área, além de ser indutor e financiador da maior parte das pesquisas realizadas no país. É também o encarregado da organização e coordenação dos esforços pelo desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, tarefas antes realizadas por vários órgãos dispersos.
O atual ministro, o físico e pesquisador Sérgio Rezende, um dos mais longevos no cargo, que ocupa desde 21 de julho de 2005, faz uma avaliação positiva da trajetória do MCT nesse quarto de século de existência, e cita alguns números. “Há 25 anos o país tinha cerca de 10 mil doutores, dos quais 8 mil eram professores na pós-graduação. Hoje são mais de 80 mil e compõem o maior e mais qualificado grupo da América Latina”, diz. Em termos de produtividade científica e capacidade acadêmica, o Brasil já atingiu uma posição intermediária no mundo. “Em 2008, nossa participação na produção mundial alcançou 2,12%, reflexo do crescimento contínuo no número de artigos publicados em revistas indexadas nos últimos 20 anos. Passamos à frente de países como a Rússia e a Holanda, que têm longa tradição no setor”, acrescenta. Leia mais...

domingo, 8 de agosto de 2010

Marina Silva (PV), candidata à Presidência,
também participou da Reunião da SBPC
Por Evanildo da Silveira

Na área de ciência e tecnologia o Brasil deve apostar no reforço das universidades e dos centros de excelência e ampliar cada vez mais a base de conhecimento com os investimentos necessários. A opinião foi manifestada pela candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, durante sua participação (30/7) na 62ª Reunião Anual da SBPC – evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realizou durante esta semana em Natal. Ela lembrou que o Brasil teve avanços na área nos últimos anos, passando de um investimento em ciência e tecnologia de 0,6% para 1,3% do PIB, mas precisa continuar avançando.
Assim como havia ocorrido com a candidata do PT, Dilma Rousseff, em sua passagem pele Reunião na quarta-feira, Marina recebeu do presidente da SBPC, Marco Antonio Raupp, um documento, elaborado em conjunto com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), com a agenda das duas entidades para as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação. O texto contém quatro propostas básicas. A primeira diz que o Brasil precisa de uma revolução na educação, “em todos os níveis, incluindo o ensino técnico e as diversas formas de educação superior”.
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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Brasil precisa monitorar oceano para se preparar
contra os impactos das mudanças climáticas
Por Evanildo da Silveira

Um programa sustentado de observações e monitoramento é fundamental para se entender as mudanças no Atlântico Sul e para que o Brasil se prepare para os impactos das mudanças climáticas. O alerta foi feito pelo físico Edmo Campos, professor do Instituto Oceanográfico, da Universidade de São Paulo (IO-USP), durante sua conferência Mudanças Climáticas: A Importância do Oceano, proferida ontem (28/7), na 6ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que se realiza em Natal (RN) até sexta-feira, dia 30.
Para evitar polêmicas, Campos fez um alerta antes de começar sua palestra. Um slide de sua apresentação dizia: “Atenção: A ciência discutida nesta Conferência não é fruto da imaginação ou preferência do palestrante. Ela é inteiramente baseada em pesquisas publicadas em veículos idôneos, com rigorosa política de revisão por pares.” Segundo ele, o aviso era necessário, porque muita gente ainda duvida que o planeta esteja esquentando e que o homem tenha responsabilidade nisso. Leia mais...

62ª Reunião Anual da SBPC

Técnicas de análises modernas revelam a
presença de novos contaminantes ambientais

Por Evanildo da Silveira

Graças ao desenvolvimento de novas técnicas de análises químicas e biológicas, um mundo pouco conhecido de contaminantes ambientais, alguns deles comprovadamente prejudiciais a seres vivos, está sendo revelado. São substâncias oriundas de produtos de higiene pessoal e cosméticos, fármacos, praguicidas e nanomateriais, por exemplo. Para a bióloga e especialista em toxicologia, Gisela de Aragão Umbuzeiro, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ainda é cedo, no entanto, para dizer se esses compostos podem causar problemas ao homem. Ela falou sobre o tema em sua conferência Contaminantes emergentes para a zona costeira, proferida hoje (29/7), na 62ª Reunião Anual da SBPC, que se realiza até amanhã, em Natal.
Segunda Gisela, até há pouco tempo a química estava na era do miligrama, depois passou para a do micrograma e agora chegou a do nanograma – que trabalha com a matéria na escala de moléculas e átomo. Hoje é possível detectar a presença de determinadas substâncias em concentrações ínfimas no ambiente, principalmente na água. Leia mais...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

62ª Reunião Anual da SBPC

Mais de R$ 350 mil para o
Programa Latino-Americano de Física
Por Evanildo da Silveira

O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) deve liberar no próximo mês pelo menos R$ 350 mil para o Programa Latino-Americano de Física, coordenado pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e com a participação de suas congêneres dos demais países da América Latina. O anúncio foi feito pelo chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCT, José Monserrat Filho, na mesa-redonda que discutiu o programa, ontem (27/7), durante a 62ª Reunião Anual da SBPC, que se realiza em Natal até sexta-feira, dia 31.
Segundo o presidente da SBF, Celso Pinto de Melo, que coordenou a mesa, o objetivo principal do programa é a integração das comunidades de Física do continente. O início do processo para isso foi a realização, nos dias 25 e 26 de fevereiro deste ano, em Brasília, do primeiro encontro das sociedades de Física da América Latina, que contou com o apoio, além do MCT e da SBF, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). “Com a participação de representantes de 12 países, durante os dois dias de debates foram discutidas diversas maneiras de incrementar a cooperação entre as diferentes comunidades de Física da região”, contou Melo. Leia mais...

62ª Reunião Anual da SBPC

SBPC e ABC entregam a Dilma Rousseff
carta com propostas das duas entidades
Por Evanildo da Silveira

Para que o Brasil dê um passo decisivo na direção de deixar de ser emergente e se tornar um país desenvolvido, com uma sociedade inclusiva e mais igual, precisa, de um lado, de educação e, de outro, de ciência, tecnologia e inovação. A ideia foi defendida hoje (28/7) pela candidata da coligação PT-PMDB à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante sua participação da 62ª Reunião da Anual da SBPC - evento que a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência realiza até 30 de julho no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal (RN).
Antes de iniciar seu discurso para um auditório lotado, a ex-ministra recebeu dos presidentes da SBPC, Marco Antonio Raupp, e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, uma carta com a agenda das duas entidades para as áreas de educação, ciência, tecnologia e inovação. Lido por Raupp, o documento, com quatro propostas, diz, em seu primeiro item, que o Brasil precisa de uma revolução na educação, “em todos os níveis, incluindo o ensino técnico e as diversas formas de educação superior”. Leia mais...