domingo, 12 de dezembro de 2010

Matéria minha publicada na edição 458, de novembro de 2010, da revista Planeta.

O avanço implacável da desertificação
Cerca de 25% da massa terrestre sofre com a degradação
dos solos em zonas áridas, um processo que prossegue
em ritmo constante e hoje ameaça a subsistência
de mais de um bilhão de pessoas. O assunto
já se tornou prioridade em várias partes do mundo
Evanildo da Silveira

A cada ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 6 milhões de hectares de terras (ou 60 mil km², área que equivale a duas vezes a da Bélgica) se tornam improdutivos e caminham para se transformar em deserto. Como resultado desse processo, há perdas anuais de 24 bilhões de toneladas da camada arável, o que influi negativamente na produção agrícola e no desenvolvimento sustentável. Por isso, já existe consenso em nível internacional de que esse é o maior problema econômico, social e ambiental em várias regiões do mundo.
Os números justificam essa ideia. De acordo com a ONU, a degradação já afeta 3,6 bilhões de hectares, somando 25% da massa terrestre, o que ameaça a subsistência de mais de um bilhão de pessoas em cerca de 110 países. Na região subsaariana da África, por exemplo, de 20% a 50% das terras estão degradadas, prejudicando mais de 200 milhões de pessoas. A situação também é grave na Ásia e na América Latina, somando mais de 516 milhões de hectares. Em todo o mundo, a extensão territorial onde ocorrem secas aumentou mais de 50% durante o século 20. Leia mais...

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