sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Matéria minha publicada na edição 403, de janeiro/fevereiro de 2011, da revista Problemas Brasileiros.
Vida subterrânea
Cavernas brasileiras escondem inúmeras riquezas
que ainda precisam de estudo e proteção
EVANILDO DA SILVEIRA
Foto: A. Perez-Gonzalez
Não é exagero dizer, para usar uma frase feita, que o planeta fervilha de vida. Raríssimos são os lugares estéreis na Terra. Organismos vivos – bactérias, principalmente – já foram encontrados em poças geladas na Antártida e em fendas no fundo dos oceanos, de onde a água jorra a 250 ºC (abaixo ainda, no entanto, do ponto de ebulição, por causa das altas pressões). Com as cavernas não é diferente. Apesar de seu interior escuro e pobre em alimento, nelas vivem milhares de espécies. No Brasil, aos poucos, a ciência começa a lançar luz sobre os animais que vivem nesses ecossistemas peculiares.
Trabalho para os pesquisadores não falta. O país tem hoje 5.203 cavernas cadastradas pela Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE). Essa, porém, é apenas uma pequena parte das que existem. Estima-se que o número total no território nacional possa chegar a 100 mil. Há cavidades subterrâneas de todos os tipos: grandes – a maior delas, a Toca da Boa Vista, em Campo Formoso, na Bahia, tem 107 mil metros de galerias –, pequenas, acidentadas, profundas, planas, secas ou com lagos e rios.
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